LARGADA
Terça-feira, 16 de agosto de 2022, começa mais uma campanha eleitoral. As eleições deste ano prometem sangue. E a perspectiva, ainda que não seja literal, é que deste sangue que surge da eleição presidencial as questões nacionais, ideológicas e de certa forma, distantes da nossa realidade, influenciem o voto do eleitor fernandopolense.
NOVOS TEMPOS
Em outros tempos, o discurso desse período estava pronto. “É necessário eleger deputados locais para que Fernandópolis tenha representatividade no Congresso e na ALESP e etc etc etc...”. Atualmente, nem tanto. Após a ascensão de Bolsonaro, o voto ideológico ganhou peso considerável.
PERDEU
O deputado federal Fausto Pinato (PP) é um exemplo. Não tenha dúvidas, caro leitor, que na primeira confusão que ele arrumou com Bolsonaro algumas centenas de fernandopolenses deixaram de confiar o seu voto ao parlamentar. Nessa, as emendas e recursos destinados por Fausto ao município não valem nada além de um “é mais que a obrigação”.
REDES
No lugar, esses repetidores de mensagens de Whatsapp e propagadores de discursos artificiais criados por algum imbecil letrado preferem qualquer bobagem sobre “ideologia de gênero”, globalismo, China e essas patifarias que distraem a massa, ao que realmente importa para Fernandópolis. Ideologia acima do local onde vivemos, esse é o lema.
MENOS PIOR
Não que o Fausto seja um exemplo de parlamentar, mas deixar de votar nele para confiar o voto em qualquer tenente puxa-saco do Bolsonaro é demais. Obviamente, essa coluna não defende o voto obrigatório em Pinato, mas entre votar nele e numa farda qualquer, melhor votar nele.
POSIÇÃO
Outra opção de voto para o fernandopolense é o advogado Henri Dias (SD). Votar para marcar posição na realidade em que vivemos também é uma opção. Considerando que uma eleição não acaba quando as urnas se abrem, Dias coloca seu nome mais uma vez à disposição do eleitor para, numa continuação de 2020 e pensando em 2024, espalhar ainda mais suas ideias e projetos para o futuro de Fernandópolis.
GRUPOS
O “confronto” com Fausto é claramente uma maneira de marcar posição em relação aos grupos políticos da cidade. Ser a antítese do que está aí é, para quem está na oposição, a melhor maneira de deixar o cenário desenhado para quem já pensa na próxima eleição. Uma boa votação cacifa Henri ao posto de uns dos favoritos para a eleição de 24.
SEM LERO-LERO
O outro candidato a deputado federal do munícipio é Gilmar Gimenes. E sobre ele falamos bastante na última coluna. O único fator a se destacar aqui é: não confie nessa história de ser eleito com pouco voto. Nas novas regras, onde um candidato, pelas sobras, precisa de 20% do quociente eleitoral, serão necessários cerca de 50 mil votos para ser eleito. Não existe mais milagre eleitoral.
PRÓXIMA
Nessa coluna traçamos um cenário sobre as candidaturas a deputado federal que têm Fernandópolis como berço. No próximo sábado é a vez dos estaduais. Até a próxima!