O RSP está falando sobre desde a semana passada. A UPA não está resolvendo os problemas em relação aos leitos de Covid-19, e ainda está prejudicando os outros atendimentos.
Na UPA falta medicamentos, e para suprir essa falta por inúmeras vezes ela recorre a já combalida Santa Casa.
Nestes dias os pacientes internados na unidade estavam sem alimentação. A situação só foi ligeiramente contornada com a ajuda de empresários e – de novo -, da Santa Casa, após o vereador Cabo Santos denunciar a situação.
No final de semana os atendimentos de urgência e emergência lotaram ainda mais a uniadde que deveria estar destinada exclusivamente ao coronavírus.
Quando o governador falou que montaria um hospital de campanha em Fernandópolis o vereador Murilo Jacob disse que aquilo seria um “matadouro de campanha” e parte da sociedade civil e da classe política ficou do seu lado.
Falaram que o problema era a OS de Andradina, mas não seria ela quem administraria o hospital de campanha.
Agora a UPA, que funciona como “hospital de campanha”, está com taxa de óbitos altíssima. Desde o dia 10 de março 19 fernandopolenses morreram vítimas de coronavírus na unidade e outros 21 na Santa Casa.
Ao mesmo tempo, a Santa Casa recebe cerca de 25 pacientes intubados por dia, enquanto a UPA só cinco.
A quantidade de mortes na UPA é desproporcional, mas ninguém da sociedade civil e praticamente ninguém da classe política reage ao quadro.
A maioria dos vereadores é da base aliada do prefeito André Pessuto, então não dá para esperar posicionamento crítico vindo deles.
Fácil criticar Doria, Bolsonaro, Deus e o mundo, mas não cobrar e criticar aqueles que são responsáveis diretos pela UPA, como o prefeito André Pessuto e o secretário de Saúde Ivan Veronesi.
Se o hospital de campanha no Lucy Montoro seria um “matadouro”, isso não deveria valer para o outro hospital de campanha?
Enquanto tudo é discurso e falta de gestão, fernandopolenses continuam morrendo e sofrendo pela praga do coronavírus.
E os funcionários da Upa se viram como podem.