IDENTIDADE
As praças são lugares que revelam muito sobre a identidade de uma cidade. Afinal, elas são por vezes a obra mais antiga de um município, que com as alterações sofridas ao longo do tempo e seu estado de conservação mostram bem como o poder público trabalha ao longo dos anos.
MADEIRA
Há 15 anos a praça Joaquim Antônio Pereira, em Fernandópolis, passou por sua reforma mais radical, com o fim da fonte, das árvores e daquele banheiro tão icônico quanto sujo. No lugar veio uma espécie de calçadão que poderia receber o apelido de Saara, pelo tanto de sol sem sombra que bate durante o dia.
NOVAS OBRAS
Recentemente, a praça ganhou um palco e a Casa do Artesão, dando alguma utilidade – ainda que o palco ali seja bem contraditório -, para o espaço que serve só de passagem. Praças não podem servir apenas como passagem, devem ser, também, lugar de comunhão, comércio e encontro.
INCOMODO
Atualmente a praça central de Fernandópolis tem servido para moradores de rua se abrigarem, aproveitando inclusive as poucas árvores que fazem alguma sombra no lado que desce a avenida Amadeu Bizelli. Diuturnamente os cidadãos são incomodados pelos “moradores” que ficam pedindo dinheiro. E pelo estado da maioria deles, o dinheiro não é exatamente para comprar comida.
UMA COISA É UMA COISA...
Aqui importante fazer uma distinção. Uma coisa são as pessoas com dependência química que têm ocupado esse espaço. Outra são os moradores de rua e até famílias inteiras que estão pedindo esmolas pelos reflexos da crise econômica, seja aqui ou em outros países.
LARGADO
Na praça da Aparecida a situação chega a ser pior. Já teve vereador em sessão da Câmara chamando o lugar de “cracolândia”. E o termo não está tão errado.
CADÊ?
Voltando ao primeiro parágrafo, o que as autoridades de nossa cidade estão fazendo para resolver esse problema? A Prefeitura tem dispositivos, como os CRAS e CAPS, para intervir nessa situação. Não é possível, que uma cidade de 70 mil habitantes, não consegue controlar meia-dúzia de desabrigados que estão tomando conta das praças. Essa situação gera incomodo para os milhares de munícipes que cruzam esses locais diariamente.
FECHAMENTO
Como é bem possível que a Prefeitura não consiga resolver o problema, ela precisa convocar o poder de Polícia para reestabelecer a ordem nas praças. Pensando sempre que ali temos seres humanos que precisam de intervenção. Diariamente o projeto Valentes de Davi, liderado pelo Pastorzão Claudenílson tira pessoas em condição parecida das ruas. Que se faça parcerias com esse tipo de associação. O que não pode é a coisa continuar como está.
AGUARDANDO
Questionada, a Prefeitura de Fernandópolis não respondeu, até o fechamento desse texto, se está tomando alguma providência sobre essa situação.
