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O bem que damos é o bem que temos



Foto: Imagem/Reprodução - W.A. CUIN

             
“O homem cheio de sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem sem esperança de retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça”.( Pergunta 918, de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec)

Cada ação nossa é semelhante a uma bola de borracha atirada contra uma parede, batendo na muralha ela volta na direção daquele que lhe arremessou ou como um lago que pode refletir a beleza do sol ou a sombra da nuvem escura.

Assim, nossos atos, são mensagens que seguem para o futuro, refletindo o bem ou o mal em nós mesmos.

A criatura que passa pela vida servindo e amando, sempre encontrará quem lhe ame e sirva, já aquela que segue seus dias espalhando sofrimento e dor,  da mesma forma e pela mesma lei, colherá dissabores, decepções e padecimentos. A escolha, evidentemente, será sempre uma deliberação de cada uma, dentro da lei do livre arbítrio.

Dessa forma, nunca será demais refletir demoradamente sobre cada atitude, comportamento  ou ação, uma vez que perante as leis divinas nada passa sem observação. Muitas vezes, por descuido e indiferença, acreditamos que nunca seremos julgados pela nossa consciência, ou mesmo, que jamais receberemos de volta tudo aquilo que oferecemos ao próximo, principalmente o mau que fazemos e a dor que desencadeamos.

Assim sendo, não percamos uma única oportunidade de fazer o bem, de servir e ajudar quem quer que seja. As lições imorredouras de Jesus não orientam para que julguemos quem deva receber nossos gestos de amor e caridade, mas sim que plantemos sempre a felicidade e a paz nos corações alheios.

Aqui é uma palavra amiga que serve de consolo ao irmão desalentado. Ali pode ser a atenção em ouvir o desabafo de alguém que precisa aliviar seu coração. Mas adiante é o prato de comida servido, com carinho, a criança faminta ou a cesta básica oferecida a família onde o desemprego assusta. Em outro lugar é o agasalho, mesmo usado, distribuído aos que seguem ao relento, sob a guante das intempéries. Noutro setor é a orientação precisa e fraterna ao jovem desajustado  que, invigilante, mergulhou no consumo de substâncias químicas. Enfim, quando se tem boa vontade, amor e solidariedade, como regras de conduta, não faltam oportunidades de espalhar  a alegria aos irmãos do caminho, que mesmo no silêncio  de seus corações, estarão, sem que peçamos, pedindo a Deus por nós também.

Baseado nesse princípio a palavra evangélica ensinou: “é dando que se recebe, é servindo que se é servido”. Então, não podemos alegar ignorância, pois temos absoluto conhecimento de como devemos e precisamos agir. Logicamente, tudo dependerá da nossa boa vontade, da determinação e do  interesse em laborar, com convicção, pensando seriamente na aquisição dos reais valores da vida.

E, se atuarmos de forma diferente, quando a colheita de espinhos perturbar nossos dias, não haverão culpados, mas culpa... sim culpa, a nossa.

Reflitamos, então.


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