RELEMBRANDO
O ano é 2013.O primeiro do segundo mandato da prefeita Ana Bim (PSD). Foi lá que houve a última Expô comandada pela Prefeitura. Ali a festa não foi uma celebração do aniversário da cidade, mas sim um exemplo dos nossos pequenos rachas atravancando o desenvolvimento de Fernandópolis.
BURACO
Depois de alguma polêmica na Câmara, numa disputa entre quem queria a festa bancada pelo município e quem queria a festa tocada por particular (leia-se Gutinho Sisto), e cancelamentos anunciados pela então prefeita, a Expo tocada por Renato Colombano deu um prejuízo de R$ 1,3 milhão, fora outros R$ 3.252.618,66 de dinheiro público investidos na sua realização.
PRÓPRIO VENENO
Na época, Gutinho Sisto instalou uma moderna estrutura praticamente vizinha ao recinto, fazendo com que a boate oficial da Expô fechasse logo no começo. Em que pese a má administração e os gastos exacerbados com “agrados” que uma festa tocada pelo poder público gere, é óbvio que a boate rival ajudou e bastante no prejuízo que a Exposição teve naquele ano.
ANTÍDOTO
Depois da festa de arromba – ao caixa da Prefeitura -, foi pacificado que estava na hora do recinto e a Expô serem privatizadas. No projeto de concessão, aprovado pela Câmara, ficou definido que, no período da festa, eventos similares – tipo uma boate ao lado -, seriam proibidos num raio de 1 mil metros. E a exploração de outras atividades, como estacionamento e veículos, que sejam veiculados ao evento, precisam de autorização da dona do contrato. É aqui que chegamos na polêmica atual.
POR QUE?
O vereador João Pedro (PSDB) tenta através de PL que deve ser votado nesta terça-feira, 17, alterar o trecho que trata sobre as tais proibições do parágrafo acima. Com a nova redação a aprovação da concessionária se daria apenas no interior do recinto e tal anuência não se aplicaria à exploração de estacionamentos em terrenos próximos ao recinto. Resumindo a opera.
TUDO TEM HORA
Se a causa é justa ou não, cabe discussão, mas o momento é absolutamente inoportuno. A festa começa daqui uns dias, após dois anos que a pandemia impossibilitou a sua realização. A situação é complexa, com argumentos para todos os lados e gostos. Inclusive, o debate acerca do PL, seja na Câmara seja nas redes sociais, deveria ser mais civilizado. Lógico que há interesses particulares na peça, mas isso existe desde o primeiro dia que se falou em concessão lá atrás e não é motivo para tanto chorume de lado a lado.
É ASSIM
Tempos modernos: todo mundo começa o debate com suas verdades estabelecidas e sem o mínimo de disposição para ouvir o outro lado e chegar num consenso. E assim caminha a humanidade...
ATAQUES
Gutinho Sisto, após o projeto de JP e um requerimento de João Paulo Cantarella (MDB) foi até as redes sociais e fez um desabafo. Os comentários, obviamente, foram favoráveis ao empresário – afinal, pouca coisa está mais sem moral nesse mundão véio sem porteira do que vereador.
SEM SAÍDA
E assim, no nosso eterno museu de grandes novidades, Fernandópolis resolveu, nove anos depois, voltar a causar polêmica com a Exposição. Deve ser a falta de coisa mais importante para resolver. Observe bem caro leitor: o estacionamento de uma festa privada monopolizou a cena política na semana. Fernandópolis não é para amadores.
PREOCUPAÇÃO
A Covid volta a deixar a população em alerta. Dessa vez as escolas estão no foco. Algumas delas voltaram a recomendar o uso de máscaras no momento em que os casos voltam a subir. As viroses e outras doenças respiratórias também estão atacando nossas crianças. Enquanto isso, a Santa Casa está sem atendimento no plantão pediátrico.
PEDIATRIA
“Nos últimos meses, a Santa Casa vem enfrentando problemas para compor a escala médica do pronto-socorro pediátrico por falta de profissionais, por isso o plantão pediátrico (convênios e particulares) foi suspenso por tempo indeterminado, até novas tratativas para a solução do impasse”, disse o hospital em nota.
