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Sem novos leitos na Santa Casa e sem hospital de campanha, Fernandópolis vê sua gente morrer esperando por uma vaga de UTI Covid-19



Chegou dia 1º de abril e depois do mês mais fatal do coronavírus em Fernandópolis a Santa Casa não recebeu novos leitos e o município não recebeu hospital de campanha.

Politicamente muita gente apareceu, inclusive levando mérito por um dinheiro que era por direito da Santa Casa e estava contingenciado pelo governo estadual por motivos inexplicáveis.

Mas leitos para salvar a vida dos fernandopolenses expostos a essa praga chamada coronavírus, nada.

Por suposições, que até eram factíveis, não foram instalados os leitos do hospital de campanha que foram prometidos até o dia 31.

Se é fato que o correto era os leitos serem alocados na Santa Casa, também é fato que o João Doria queria a montagem do hospital de campanha. Que fosse feito do jeito do governador e a fiscalização ficasse em cima, oras!

Temos vereadores, Tribunal de Contas, deputados estaduais, Ministério Público, todos eles com poder de ficar em cima dos gastos feitos pelo governo de SP.

O que importa é salvar vidas, e algumas não foram salvas por falta de atendimento mais qualificado.

O desatino político com o estado fez com que pelo menos 15 fernandopolenses morressem na UPA esperando uma vaga de UTI desde o dia 10 de março.

Recebendo bem menos gente que a Santa Casa, a UPA teve quase o mesmo número de mortes que o hospital neste período (18 na Santa Casa e 15 na UPA).

15 vidas que poderiam ser salvas com o hospital de campanha.

Lógico que os trabalhadores da UPA também são heróis. Mas também é fato que lá não é a estrutura ideal para atender os pacientes com Covid-19.

Hospitais de campanha são um risco para superfaturamento e festança de políticos? Sim. Mas quanto vale a vida dos 15 fernandopolenses que morreram sem a chance de lutar  pela vida com todos os recursos?

 


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