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Rio Preto chega a 10,5 mil casos de Covid, com 269 óbitos



A cidade de Rio Preto registrou, pelo segundo dia consecutivo, o maior número de pacientes hospitalizados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desde o início da pandemia: 343. Desses, 204 estavam com coronavírus confirmado. Os dados foram apresentados durante live nesta quinta-feira, 6.

A taxa de ocupação do Departamento Regional de Saúde (DRS), que abrange 102 municípios, está em 79,7%. Foram registradas 106 novas internações em 24 horas, o segundo maior número desde o início da pandemia. A média móvel da última semana ficou de 95 novas hospitalizações, em média, em cada um dos últimos sete dias, o mais alto índice registrado até o momento.

A reportagem obteve acesso aos dados que o Estado vem levando em conta para se chegar a esse percentual, contabilizando os pacientes até as 10h de quinta-feira. O poder público não está considerando, por exemplo, ampliação de vagas em Votuporanga nem o Hospital de Jaci, que interna pacientes de Rio Preto. Na Santa Casa de Votuporanga, havia três pacientes a mais internados na enfermaria do que a capacidade permite; na Santa Casa de Jales, cinco. Os leitos clínicos de José Bonifácio também estavam completamente lotados.

Nas unidades de terapia intensiva (UTI), a situação não era muito melhor, com as Santas Casas de Novo Horizonte, Fernandópolis, José Bonifácio e Rio Preto lotadas no SUS. A ocupação desse tipo de vaga é um dos fatores levados em consideração pelo Estado para decidir em qual faixa de abertura do comércio as regiões podem se enquadrar.

Rio Preto confirmou nesta quinta-feira, 6, mais 359 casos de coronavírus, totalizando 10.550 ocorrências positivas. Foram contabilizados mais oito óbitos, somando 259. A Secretaria de Saúde de Rio Preto fala em uma estabilização da quantidade de casos, com menos notificações de síndromes gripais a cada semana - embora a quantidade de confirmados nos últimos dias esteja elevada, segundo a Saúde tratam-se de exames que estavam represados nos laboratórios por falta de insumos.

"O Estado preconiza que o resultado dos pacientes graves seja apresentado em no máximo 72 horas, o que está ocorrendo. Resultados de pacientes com síndrome leve podem levar mais tempo", informou a Saúde. De acordo com a pasta, resultados de pessoas com sintomas leves e profissionais de saúde demoram, em média, de dois a cinco dias para serem divulgados.

Segundo Aldenis Borim, análises apontam que nas próximas semanas poderá haver um pico na quantidade de pacientes internados, porque houve muitas notificações de síndrome gripal nas últimas semanas - atualmente, vive-se a semana epidemiológica 32; o maior número foi registrado na 31. "O caso leve se transforma em moderado e depois em grave, é nossa referência para o futuro. Quando eu tenho um aumento muito grande de atendimento de casos gripais, eu já me preocupo com a semana que vem e a outra. Olhei o gráfico. Daqui a 15 dias esperamos um pico de internação", afirma Borim.

A Saúde diz que estruturou a rede para evitar a desassistência. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jaguaré virou uma espécie de hospital. Nesta quinta-feira, 6, havia pacientes em 28 dos 30 leitos de UTI, sendo que nove deles estavam intubados. Na enfermaria, quatro dos 15 leitos estavam ocupados.

A Saúde firmou parceria com a administração do Hospital de Jaci. Na quinta, havia 16 pacientes rio-pretenses internados nos 22 leitos de enfermaria dedicados a eles e sete nas dez vagas de UTI.

Estão sendo montados oito leitos de UTI na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Santo Antônio, que só serão utilizados se a Jaguaré lotar - assim como no minihospital, a demanda não será espontânea, e o paciente precisará ser encaminhado. Na unidade básica de saúde (UBS) Anchieta, começarão a funcionar 20 leitos de enfermaria, que também estão sendo estruturados.


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