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Presos vão produzir máscaras de segurança contra coronavírus em São Paulo



O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta terça-feira (24) que os presos do sistema prisional paulista produzirão 320 mil máscaras de proteção e que a delegacia eletrônica registrará também crimes como roubos e estelionato.

"Serão 26 mil peças por dia nas fábricas adaptadas do sistema prisional, que terão o custo para o governo de São Paulo de R$ 0,80 por peça", disse Doria.

Segundo o governo, 200 presos de várias regiões do estado vão fazer as máscaras para procedimentos simples (não-cirúrgicos). A administração afirma que as oficinas foram higienizadas e foi criado um protocolo de entrada para garantir a higiene das peças, feitas em TNT (tecido não-tecido) duplo.

O tucano também anunciou que a delegacia eletrônica registrará pela internet crimes como ameaças, estelionato, roubo ou furto, crimes contra o consumidor. A exceção são crimes como homicídio, latrocínios, estupros e violência doméstica.

Normalmente, a delegacia eletrônica registra apenas crimes não violentos, como furto. Os registros podem ser feitos pelo endereço www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.

Doria afirmou ter solicitado a concessionárias de energia isenção da conta de luz a pessoas mais pobres e não realização de cortes no período até 30 de julho. Se a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ratificar, ela entrará em vigor.

O tucano também antecipou a abertura do Hospital de Caraguatatuba, que passará a operar a partir do dia 30 de março. O investimento no hospital foi de R$ 188 milhões.

No início da entrevista coletiva, Doria mostrou exame que fez para coronavírus, que deu resultado negativo. O exame foi feito no Hospital Albert Einstein e uma contraprova será feita pelo Instituto Adolpho Lutz.

A medida mais uma vez coloca Doria em oposição ao presidente Jair Bolsonaro, que vem se recusando a mostrar o teste, que, segundo ele, deu negativo.

Doria teve contato com o infectologista David Uip, que testou positivo para coronavírus. Questionado sobre não permanecer isolado, ele demonstrou irritação.

"Nós aqui somos todos responsáveis. Você não está conversando com um governador que é irresponsável ou que minimiza as consequências dessa grave crise de saúde", disse Doria. Segundo ele, não há necessidade de quarentena, uma vez que ele fez o teste.​

O governo afirma estar alinhado com o Ministério da Saúde, para estabelecer revisão à regra de quarentena. "Os profissionais de saúde têm obrigação e missão de tratar pacientes. Por isso, nem aqueles acima de 60 anos foram dispensados. Não é a partir de uma questão específica que vamos colocar os serviços em risco de colapso, porque uma série de pessoas que tiveram contato com pessoas positivas passam então agora a não trabalhar? Isso pode ser para o público em geral, mas não para os profissionais da saúde", afirmou o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.

A médica Helena Sato substituiu o infectologista David Uip na coordenação do centro de contingência do governo do estado.

Doria afirmou também ser contra um total fechamento na cidade, com proibição de circulação. Doria afirmou que a economia paulista não pode colapsar, pois afetaria todo o país.

Doria vai se reunir, em vídeo conferência, na manhã desta quarta-feira (25), com o presidente Jair Bolsonaro e governadores de estados do sudeste.


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