Meio Ambiente

Polícia apreende animais exóticos na região



A Polícia Ambiental e a Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) detiveram um homem de 31 anos, suspeito de tráfico de animais silvestres, em Rio Preto. Na casa dele, no bairro Cristo Rei, foram apreendidas duas tartarugas, quatro cobras e um lagarto. O homem foi multado em R$ 4,3 mil. O nome dele não foi revelado.

A apreensão dos animais silvestres aconteceu na tarde de segunda-feira, 28, depois dos policiais ambientais receberem uma denúncia anônima.

O capitão da Polícia Ambiental Antonio Pilon afirma que a equipe foi até o residência do rapaz, mas neste primeiro contato ele deixou apenas parte do imóvel ser vistoriado.

"O suspeito permitiu apenas a entrada em um dos cômodos da casa no primeiro momento, onde foram encontradas um jiboias e uma tartaruga, mas gerou suspeita o fato dele não deixar ver o resto da casa. Como o denunciante reforçou a existência de mais animais em cativeiro, solicitamos judicialmente um mandado de busca e apreensão. Assim que foi emitido, voltamos a casa", explica o capitão.

Foram encontrados no imóvel duas tartarugas, uma da espécie mordedora e outra tigre d'água; uma jiboia da espécie boa constrictor, duas jiboias-arco-íris, uma cobra píton albina; e um lagarto da espécie dragão barbudo.

Somente as jiboias são considerados animais nativos da fauna de nossa região, o restante é exótico. Todos os animais apreendidos foram encaminhados para o Bosque Municipal de Rio Preto, onde vão passar por exame e tratamento veterinário.

Pilon afirma que os animais exóticos, principalmente as cobras, chegam na região por tráfico de animais. "Uma cobra piton chega a custar entre R$ 1 mil a R$ 3 mil. Há uma grande procura dela por colecionadores de animais, que ficam encantados pela beleza física de suas cores", diz o capitão.

De acordo com Pilon, parte dos animais são trazidos das regiões amazônicas, transportados de forma clandestinas para o estado de São Paulo. Os animais são ofertados, por meio de publicações, com fotos, em grupos fechados de redes sociais.

O homem foi detido e encaminhado à Deic. Depois de prestar depoimento ao delegado Ricardo Afonso Rodrigues, ele assinou um termo circunstanciado, para ter direito a responder em liberdade ao crime ambiental, e foi autuado em R$ 4,3 mil.

Caso seja condenado, o homem poderá pegar de seis meses a um ano de prisão. A pena pode ser convertida em prestação de serviços à comunidade, mas ele deixa de ser réu primário. A Deic vai abrir inquérito para investigar quem são os fornecedores dos animais.


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