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Ocupação de leitos de UTI cai na região



A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Departamento regional de Saúde (DRS) de Rio Preto, que abrange 102 municípios, chegou ao menor nível do ano de 2021. De acordo com a Fundação Seade, nesta quinta-feira, 19, havia 52,7% dos leitos ocupados. É o menor desde 13 de dezembro do ano passado, quando o registro era de 52,3% de lotação.

De acordo com medição feita pela plataforma da Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), a velocidade de contágio na região está em 0,72 – abaixo de um, o número é considerado ideal para conter o avanço da pandemia. Em um dia, foram 55 novas internações em enfermaria e UTI na região (esse número já chegou a 193). A média móvel de internações, que considera os dados da última semana, já bateu 153 no DRS, e nesta quinta-feira, 19, estava em um terço dessa quantidade, em 52.

Com a diminuição da quantidade de internações, o mesmo acontece com as mortes. E os cenários desesperadores vistos há alguns meses, de mais de uma centena de pacientes à espera de leitos de UTI na região e morrendo sem vaga, não é uma realidade neste momento. Em Rio Preto, leitos já foram desativados frente ao arrefecimento da pandemia.

O principal fator para a redução na ocupação dos leitos e, consequentemente, dos óbitos por Covid, é a vacinação. Ulysses Strogoff de Matos, infectologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, vinculado à USP, pontua que o coronavírus tem uma sazonalidade, ou seja, pode voltar a circular com mais intensidade e encontrar pessoas não imunizadas – seja porque a campanha ainda não as contemplou, seja porque tiveram Covid e ficaram temporariamente impedidas de se imunizar ou porque estão parcialmente vacinadas, somente com a primeira dose, que não confere a proteção total esperada do imunizante.

Há chances de a variante delta, mais contagiosa, agir com força no Brasil. “Quanto mais transmissível uma variante, maior a possibilidade dela fazer estrago.” É imprescindível que as medidas de segurança como uso de máscara, distanciamento social e lavagem das mãos continuem a ser adotadas.

Na avaliação de Matos, o momento é para aproveitar a queda nos índices da pandemia e acelerar a vacinação, simplificar o acesso das pessoas às doses, além de fazer uma busca ativa por aquelas que ainda não tomaram a segunda dose. “Fazer uma campanha incentivando as pessoas a se vacinarem, organizar melhor a distribuição de vacina. Tem doses, mas tem atraso na chegada da vacina às pessoas,” diz. “Temos possibilidade de chegar a uma das maiores coberturas vacinais do mundo, mas se continuar do jeito que está isso vai significar dezenas de milhares de mortes. Se houver novo pico vamos ter uma situação muito difícil, porque o sistema de saúde, principalmente o SUS, está combalido”, avalia.


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