Polícia

MP oferece denúncia contra médium preso por abusar de ex-enteada por mais de 20 anos em Catanduva



O Ministério Público ofereceu denúncia contra o médium Paulo Roberto Roveroni, conhecido como Paulinho de Deus, por suspeita de estuprar a enteada por mais de 20 anos, em Catanduva (SP). Ele foi preso em março deste ano por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), sendo transferido para o Centro de Detenção Provisória de Serra Azul (SP) após ter prisão preventiva decretada.

O MP informou que ofereceu denúncia apenas no caso envolvendo a enteada. Já as outras duas denúncias registradas na delegacia, feitas pela filha do suspeito e uma jovem que frequentava o centro, foram prescritas. Porém, as mulheres serão ouvidas como testemunhas.

A enteada do médium, de 24 anos, relatou à reportagem que sofreu abusos sexuais e psicológicos dele por 22 anos.

"Esses abusos, estupros, foram progredindo. Ele era meu padrasto, e ainda pior, dirigente da associação. Então, ele sempre foi uma pessoa conhecida, considerado caridoso, educado, que ajuda os pobres."

Paulinho de Deus também foi denunciado pela filha adotiva, que contou que sofreu abusos na infância. A terceira vítima frequentava a Associação Espírita Paulo de Tarso, coordenada pelo suspeito.

A primeira vítima a fazer a denúncia foi a ex-enteada do médium. Em seguida, a filha adotiva e a jovem que frequentava a associação procuraram a delegacia. s.

"Ele ficava pelado na minha frente e colocava minha mão no pênis dele. Esses abusos, estupros, foram progredindo. Ele era meu padrasto, e ainda pior, dirigente da associação. Então, ele sempre foi uma pessoa conhecida, considerado caridoso, educado, que ajuda os pobres”, completou.

Já a filha adotiva relatou que chegou a contar o que Paulinho fazia quando estavam sozinhos. "Não conseguia dormir mais. Não conseguia fazer nada dentro de casa, porque ficava fugindo dele a todo momento. Como naquela época ninguém acreditou em mim, tentei superar e ainda", afirmou.

A jovem que frequentava a associação afirmou que passou a sofrer abusos sexuais e psicológicos aos 8 anos e, para que ninguém descobrisse, a jovem relatou que Paulo ameaçava matar o pai e a mãe dela.

“Ele dizia que não adiantaria contar, porque eu era uma criança, e ele o coordenador da associação. Realmente, me sentia um grão de feijão no meio do mar, porque ele era o Paulo. Quem iria acreditar em uma menina de 8 anos que foi abusada dentro do centro?”, questionou.

Em nota, na época da prisão, a defesa de Paulo afirmou que as acusações que fizeram, além de infundadas, não retratam a realidade dos fatos.


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