Meio Ambiente

Monitor do clima coloca a região em condição de 'seca extrema'; em Fernandópolis situação é de 'seca excepcional'



A falta de chuvas nos últimos meses fez a região de Rio Preto entrar na chamada "seca extrema" em março, segundo o Monitor de Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA). O indicador aponta para risco de escassez de água.

Segundo o diretor de recursos hídricos da bacia do Turvo-Grande, do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Luis Henrique Gomes, com chuvas abaixo da média histórica, a tendência é que entre agosto e setembro a região noroeste do Estado de São Paulo possa ter uma situação pior que no ano passado em relação ao racionamento de água. "Nossas chuvas estão abaixo da média histórica. Talvez em agosto e setembro tenhamos uma questão mais crítica do que no ano anterior. Estamos tendo uma baixa recuperação".

Comumente, o período de chuvas na região de Rio Preto vai de novembro a março. Entretanto, a baixa precipitação neste ano fez com que os mananciais não se recuperassem o suficiente. 

Na região, dados do Monitor de Secas aponta que as regiões de Fernandópolis e Jales são as que estão em pior nível, na chamado "seca excepcional".

Devido à falta de chuvas, o DAEE já estuda a publicação de portarias para o consumo consciente de água nas cidades que dependem da bacia do rio Turvo-Grande. "O Daee deve editar algumas portarias para que todos os usuários diminuam o consumo. Está sendo estudado isso, a gente está aguardando e avaliando a situação. Esperamos que isso não ocorra, mas a tendência é de seca", falou Luis.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) emitiu alerta para risco de queda da umidade relativa do ar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que a taxa fique acima de 60% - nesta quinta, Rio Preto registrou 39%. Também nesta quinta, a cidade teve a madrugada mais gelada do ano: fez 16,5 graus.

Incêndios

Com a estiagem e a falta de chuvas um outro problema que também preocupa é dos incêndios em vegetação na região. Segundo o chefe de divisão de prevenção de incêndio da Defesa Civil de Rio Preto, Marcio Garcia de Albuquerque, nos três primeiros meses de 2021, a maioria dos focos de incêndio foi em terrenos baldios. "São aquelas pessoas que limpam o terreno e não descartam o lixo de maneira correta, mas colocam fogo. Agora, em relação a incêndios em áreas de plantação, ainda não tivemos muitas queimadas".

Porém, a expectativa da Defesa Civil de Rio Preto é que os incêndios voltem a crescer com o decorrer da estiagem, visto que a pastagem fica seca, sendo mais suscetível a focos de queimadas. "Por isso, recomendamos que as pessoas não coloquem fogo em folhas secas. Na cidade, se o morador ser flagrado em reincidência será multado. Além disso, evite jogar bituca de cigarro em local inadequado como na beira da rodovia".


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