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Manifestações pelo País marcam o feriado de 7 de setembro; Fernandópolis recebe ato na Praça da Matriz



FOTO: Reprodução

Na véspera de manifestações nesta terça-feira, 7, Dia da Independência, o presidente Jair Bolsonaro defendeu “liberdade” para a população ir às ruas. As maiores manifestações são esperadas em Brasília e São Paulo. Alvo de críticas, o STF reforçou a segurança.

Em Fernandópolis, manifestantes se reuniram na Praça da Matriz, aguardaram uma cavalgada e saíram pelas ruas em carreata.

Em mensagem divulgada nesta segunda, Bolsonaro disse que as manifestações são garantidas pela Constituição Federal. “A população brasileira tem o direito, caso queira, de ir às ruas e participar dessa nossa data magna em paz e harmonia. Qua liberdade individual seja a máxima nesse marcante evento O mesmo se aplica a todos os integrantes do Poder Executivo Federal que não estejam de serviço”, postou em redes sociais. Grupos que irão participar do ato em Brasília montaram acampamentos desde o fim de semana. Cartazes "autorizavam" o presidente a intervir no Legislativo e no Judiciário.

Freio

Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, afirmou que os protestos convocados por eles para o Dia da Independência buscam impor um freio a um dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), supostamente o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news. "Não se busca apoio para enfrentar a Suprema Corte Federal, mas sim um freio em um de seus juízes que já prendeu jornalistas, manifestantes, presidente de partido político e deputado por supostos crimes sem previsão em lei", destacou Eduardo no Twitter. "Essas investigações da Suprema Corte foram abertas sem aprovação da PGR e o juiz Alexandre de Moraes, do STF, se diz vítima, acusador e juiz dos supostos crimes, algo que só ocorre em ditaduras", reforçou.

Agrado

Na véspera dos atos de 7 de Setembro, sua aposta para mobilizar a base mais fiel e demonstrar popularidade, Bolsonaro fez um aceno à militância digital e assinou medida provisória que limita as ações de redes sociais para coibir a propagação de informações falsas ou o discurso de ódio. A MP altera o Marco Civil da Internet, lei criada em 2014, e cria uma série de regras com o objetivo de evitar a "remoção arbitrária e imotivada" de conteúdo. Agora, plataformas como YouTube, Facebook ou Twitter terão mais dificuldades para excluir um perfil ou remover vídeos, mesmo que estas publicações violem políticas internas das empresas. Para especialistas, a medida limita a capacidade de moderação e facilita a desinformação.

STF

Preocupado com as manifestações previstas para esta terça-feira, 7, o Supremo Tribunal Federal reforçou a segurança. A corte é alvo recorrente dos aliados radicais do presidente, sendo que dois de seus integrantes, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, são considerados desafetos pelo chefe do Executivo. A corte fechou as portas na véspera do feriado para "facilitar os preparativos de segurança".


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