CoronaVírus

HB fecha 40 leitos Covid em Rio Preto



O Hospital de Base já começou a encerrar a operação de leitos de Covid-19 que eram destinados a pacientes de convênio. Eram 45 vagas para pessoas com a doença na enfermaria e 53 em UTI, na modalidade convênio. De cada uma das alas, 20 leitos, um total de 40, serão repassados para o tratamento de outras patologias. De acordo com o diretor-executivo do complexo Funfarme, Jorge Fares, que administra o hospital, essa transição já começou.

Por causa da vacina e de medidas mais restritivas que foram adotadas, a ocupação hospitalar em Rio Preto e região apresentou uma redução. Apenas considerando as vagas do município, por exemplo, nesta terça-feira, 27, a lotação de enfermaria era de 40% e a de UTI era de 63%, conforme a Secretaria de Saúde.

"As recusas diminuíram, uma boa parte dos pedidos a gente está aceitando”, diz Fares. De acordo com o médico, o estado dos pacientes encaminhados ainda é grave, porém como a demanda por leitos diminuiu eles estão tendo acesso ao tratamento adequado mais cedo, o que melhora o prognóstico.

No Sistema Único de Saúde (SUS), o alerta permanece. De acordo com Fares, o pedido do governo do Estado é para que os leitos da rede pública continuem reservados para Covid. A ocupação de UTI no HB está em 75,4%.

Na enfermaria são 173 vagas, sendo que 59 (34,1%) estão cheias, por isso Fares diz que até 20 leitos poderão ser utilizados com outras doenças, com fluxo de atendimento separado como preconizam as normas da Vigilância Sanitária, porém esses leitos podem retornar para Covid se necessário.

A demanda reprimida, de pacientes que têm outras doenças e durante a pandemia não tiveram a assistência necessária, está grande. São pessoas com doenças no sistema cardiovascular e nos ossos, por exemplo, que não encontravam atendimento, pois a maior parte dos recursos está voltada à Covid, ou mesmo tinham receio de ir até um serviço de saúde, com medo da contaminação.

“Não faz sentido a enfermaria ficar vazia e paciente precisando para outras coisas. O represamento foi grande, teve época que parou quase tudo eletivo, atendia só urgência e emergência. Então tem muita doença que está afetando a vida da população e precisa ser tratada. Acho que vai levar mais de anos para normalizar", acredita Fares.

Na Santa Casa, que é referência para os moradores de Rio Preto, ainda não há previsão de fechar leitos de Covid neste momento. “Vamos aguardar essa semana para ver como vai ser. Se estabilizar, semana que vem remanejamos novamente”, diz Valdir Furlan, administrador do hospital.A queda no número de internados também pode ser sentida nas unidades mantidas pela rede municipal de saúde. O possível fechamento de leitos está na pauta do Comitê Gestor de Combate ao Coronavírus, porém não há previsão de que isso aconteça.


Mais sobre CoronaVírus