Um levantamento feito pelo Conselho dos Secretários Municipais de Saúde mostra que poderá faltar oxigênio medicinal nos próximos dias em 54 cidades do estado de São Paulo. Nestes locais, a previsão é a de que o estoque só deva durar até o fim desta semana. Quatro destes municípios estão na região metropolitana.
Os hospitais estão com lotação quase máxima nas internações por Covid-19 e o consumo de oxigênio está aumentando rapidamente. Em Taquarituba, interior de São Paulo, por exemplo, há dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e quinze de enfermaria, todos estão ocupados. Com a alta na demanda, eles viram crescer em 500% o consumo de oxigênio.
Em sua conta no Twitter, o governador João Doria afirmou que através da Secretária Estadual de Saúde, o governo está negociando com os maiores fabricantes de oxigênio do país novos contratos para abastecer os hospitais estaduais de São Paulo. Nesta segunda-feira (22), Doria já terá reuniões com empresas do setor.
Remédios para intubação
Outro problema observado no estado é a escassez de medicamentos para intubação de pacientes. Campinas, Ribeirão Preto, Franca e Presidente Prudente correm o risco de esgotarem seus estoques de remédios, também, nos próximos dias.
A respeito da falta de medicamentos em São Sebastião, que corria o risco de ficar sem remédios já neste domingo (21), o Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, afirmou que novas ampolas foram enviadas na noite de sábado (21) e que elas darão conta de atender pacientes por dez dias.
Outro fator que está contribuindo para a dificuldade de aquisição destes medicamentos sedativos é alta nos preços. Uma rede de hospitais privadas afirmou que um destes remédios é o rocurônio e que, enquanto em 2020 ele custava R$ 16, atualmente ele chega a quase R$ 300.