Saúde

Doença respiratória mata criança na região



A síndrome respiratória aguda grave (SRAG), doença pulmonar severa, levou à morte uma criança que estava internada na UTI do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em Rio Preto. A hospitalização ocorreu no sábado, 11, e o óbito foi registrado na segunda-feira, 13.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e aos familiares, a instituição não divulgaria qual vírus ou bactéria levou à SRAG e nem qual a idade da criança. Foi informado que a morte não ocorreu por causa da Covid-19.

O HCM enfrenta lotação por causa de doenças respiratórias. O problema se arrasta desde o fim de novembro e já foi comunicado ao Departamento Regional de Saúde (DRS) e à Secretaria de Saúde de Rio Preto. O mais prevalente deles é o vírus sincicial respiratório (VSR), transmitido de forma semelhante à gripe e à Covid – veja mais sobre o vírus no quadro.

“Todos os leitos de UTI estão lotados, enfermaria está em torno de 70%. Estamos com um plano de contingência”, diz Antônio Soares Souza, diretor administrativo do HCM e professor da Famerp.

O Departamento Regional de Saúde (DRS), por meio da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), está redirecionando crianças que precisam de internação a outros centros, como em Catanduva e a Santa Casa de Rio Preto. De acordo com Antônio, se a situação do paciente é grave e urgente, o HCM acaba recebendo.

“A maioria são crianças pequenas que estão sendo internadas, de até 2 anos, algumas em estado grave e intubadas”, diz o médico. A situação que o HCM vivencia é inédita para a instituição, mas outros centros têm registrado alta nos casos respiratórios entre crianças pequenas. A grande quantidade de crianças internadas fez elevar os números do boletim epidemiológico da Covid-19: havia na última quinta-feira, 9, um total de 140 pessoas hospitalizadas com SRAG. Dessas, 16 tinham infecção por coronavírus confirmada, uma minoria.

“Estamos com vários casos de bronquiolite na Beneficência Portuguesa. Eles estão internados, mas não precisando de UTI. Nenhum paciente necessitou de ventilação mecânica”, afirma Jorge Selem Haddad Filho, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo – Regional de Rio Preto e coordenador da UTI infantil e neonatal da Beneficência Portuguesa.


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