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Com colapso da saúde, cidades da região improvisam leitos Covid-19



Assim como em Fernandópolis, que a UPA está com pacientes internados por falta de vaga em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19, cidades tem feito postos de saúde da região virarem hospitais. Municípios que não tinham leitos nem de enfermaria estão correndo contra o tempo e montando às pressas vagas para receber pacientes graves, mesmo sem equipe especializada e equipamentos adequados de ventilação.

Palmares Paulista teve de correr contra o tempo para montar três leitos para atender os moradores da cidade que aguardam transferência via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). A cidade tem como unidades de referência os hospitais de Catanduva, que estão com lotação máxima. O município comprou respiradores e estendeu o horário do posto de saúde para conseguir atender os moradores contaminados. Nesta quarta-feira, 7, as únicas três vagas estavam ocupadas.

Já em Novais, segundo a coordenadora de Saúde, Deise Claudia Zanini Alonso, apesar da corrida contra o tempo para montar dois leitos, um paciente acabou não resistindo. "Esse ano conseguimos montar três leitos de enfermaria. O ano passado não tinha nenhum. São leitos que servem para estabilizar pacientes que aguardam vaga", explicou.

Em Cedral, o posto de saúde foi dividido: uma parte para atendimento Covid-19 e outro para outras doenças. "Montamos quatro leitos de enfermaria e estamos montando mais dois. Todos os municípios foram pegos de surpresa. Na cidade, não temos respiradores, mas estamos correndo para adquirir", afirmou a coordenadora de Saúde, Maria Silvia Zuin Scavazza. "É uma doença ingrata. E a gente faz o possível para atender os pacientes que chegam até nós."

Em Pontes Gestal, a prefeitura teve de alugar respiradores, pois ainda não conseguiu comprar. "Desde julho do ano passado, já funcionamos 24 horas. Temos uma Unidade Básica de Saúde que se tornou em Centro de Atendimento aos pacientes com Covid-19", disse a secretária de Saúde, Ysa Mirtes Honorio Agostineli.

Catiguá e Parisi também montaram leitos às pressas para atender pacientes com Covid-19. "Tivemos que transformar nossa Unidade de Saúde da Família (USF) em um mini-hospital. Montamos dois leitos, um com aluguel de um respirador e outro que conseguimos comprar", afirmou a secretária de Saúde de Parisi, Marli Donizete da Silva.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que se solidariza com as famílias de todas as vítimas do coronavírus do Estado de São Paulo e do Brasil e que tem trabalhado pela abertura de novos leitos. "A demanda de transferências para casos de Covid-19 registradas na Cross cresceu 117% em comparação ao pico da pandemia. Atualmente, são cerca de 1,5 mil pedidos por dia, contra 690 em junho de 2020, quando foi o auge da primeira onda. Já houve mais de 190 mil regulações desde março do ano passado. Cerca de 35% das solicitações diárias referem-se a leitos de UTI", afirmou no texto.


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